Os diretores do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e da Fundação Cultural (Funceb), unidades da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), João Carlos de Oliveira e Fernanda Tourinho, respectivamente, vistoriam nesta terça-feira (21), às 14h, casas no Pelourinho integrantes do Projeto ‘Dei Valor!’, que dissemina boas ideias e ocupações bem-sucedidas de imóveis no Centro Histórico de Salvador (CHS). São quatro imóveis na Rua das Laranjeiras e na Rua da Ordem 3ª, todos propriedades do Ipac.
A primeira visita acontece no nº 22 da Laranjeiras, onde a Funceb criou o projeto Pouso das Artes, com dois apartamentos com capacidade para receber 30 artistas do interior da Bahia, de estados brasileiros e até de outros países. "O local servirá de hospedagem para artistas e coletivos, implementando troca, disseminação e estimulando as artes", afirma Fernanda. Ela diz que a demanda acolhe solicitações das conferências setoriais e estaduais de Cultura na Bahia. "O projeto atende o intercâmbio, formação, criação, difusão, pesquisa e memória das artes", enfatiza Fernanda, acrescentando que os apartamentos, ainda em obras, devem estar prontos no mês de maio.
Depois, o diretor do Ipac, acompanhado de arquitetos e engenheiros, visita três imóveis do órgão ocupados pelo Projeto Axé há 21 anos. A cessão das três casas representa apoio financeiro ao Axé de R$ 96 mil por ano, já que o valor de mercado do aluguel dessas casas é de R$ 8 mil/mês. Em troca, o projeto atende gratuitamente crianças e adolescentes em situação de risco social com ações pedagógicas de música e artes visuais. “Ao capacitar jovens com arte-educação em situação de vulnerabilidade social para inserção no mercado de trabalho, o Projeto Axé salva vidas”, diz Oliveira.
Na mesma Rua das Laranjeiras o Ipac dispõe de outros imóveis que integram o Projeto ‘Dei Valor!’, como a casa nº 27, onde está a Associação Integrada de Educação e Artes do Mestre Sabiá, que realiza ações educacionais, culturais e esportivas, com ênfase na capoeira, samba de roda, maculelê e atividades culturais. Segundo João Carlos Oliveira, “além de beneficiar a Praça Pastores da Noite, contígua à casa 27, o projeto Mandinga centra-se na capoeira que é Patrimônio Imaterial da Bahia via Ipac (Decreto nº10.178) e na Roda e Capoeira (Livro Formas de Expressão), Patrimônio Nacional pelo Iphan”.
O projeto Mandinga está na casa nº 27 do Ipac e utiliza a Praça Pastores da Noite. Localizada no terraço do edifício-garagem (estacionamento 14-M), a praça também é do instituto e foi reformada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). Veja detalhes no vídeo. O Ipac é responsável por 386 unidades imobiliárias, largos e praças no CHS. O total de casas do Ipac representa 2% dos imóveis da área tombada pelo governo federal. O restante de 98% é de propriedade de privados, da Prefeitura de Salvador e da Igreja Católica. Mais informações estão disponíveis No site do órgão.
Fonte: Ascom/Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac)
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