Nosso hino pátrio diz em uma das suas estrofes a seguinte frase: “Verás que um filho teu não foge à luta” - frase essa que remota bravura e força maior de um país que tem filhos decididos irem à luta e conseguir sempre o melhor para a sua nação. É difícil pois notar a atuação de patriotismo e de força maior perante uma população que inerte assite tudo o que está acontecendo em todos os setores e não vão à luta a pedido de uma resposta onde a população viva pelo menos dignamente perante sua renda e condições.
São várias as situações do presente que traz à tona o quanto os brasileiros precisam se unir para dar um basta a toda forma de injusiça. Esse ano é de bastante importância utilizarmos uma das armas necessárias para que esse basta seja dado, é o ano que podemos mudar a situação e em que tomamos a responsabilidade de escolher quem irá administrar o futuro do país. É preciso pois discernimento e possível reflexão de programas eficazes, de amplas atuações e de justiça social cada vez maior. O Brasil tem em si a capacidade de sair de todo esse cenário e dar a volta por cima, mas tudo isso dependerá de nós, especificamente também da comunidade jovem.
A questão que surge em meu pensamento é a seguinte: aonde está a juventude brasileira? Não é possível que toda a juventude que outrora foram as ruas e mudaram várias questões políticas, assista tudo de camarote e aceitem guela a baixo o que bem entenderem aqueles que legislam e executam as normas. Uma juventude inerte que muitas vezes não assiste um noticiário digno, não param para ler algo – como você plausivelmente está fazendo agora -, não pensa, não escreve, não estuda, não luta! A zona de conforto é tão boa que as facadas não doem pois o agora é meramente algo para ser refletido mais a frente e que o empurra com a barriga e o “jeitinho brasileiro” sempre será a forma de se desenvolver, poder construir algo e assim seguir vivendo.
Em suma, o que me chama mais atenção no nosso hino é a sinceridade de dizer: “Deitado eternamente em berço esplêndido
ao som do mar e à luz do céu profundo”, uma frase que denota a real situação da juventude brasileira e que tras a preocupação de uma pergunta que nunca sai da minha mente: Aonde está a juventude brasileira? Creio eu que estão nas milhares de drogarias que se abrem a cada esquina de nosso bairro; estão na frente do celular compartilhando algum fake news; estão na frente das Tvs assistindo a acreditando em tudo que se passa sem ao menos ter uma análise crítica; estão nas baladas tentando preencher um vazio que nunca é preenchido; estão nas academias da vida malhando o corpo para no próximo verão ser o pecado de alguém – pasmem, senhores! Aonde estão? Uma incógnita que revela um patriotismo não existencial... e eu, o que faço? Como diz um velho ditado: “uma andorinha só não faz verão” - continuo refletindo, escrevendo e tentando terminar de escutar a 9ª Sinfonia de Beethoven. Estou infelizmente inserido, mas sendo diferente, provocando e acenando o quanto precisamos lutar e mostrar a nossa força. Triste juventude brasileira!
Por Mateus Mozart Dórea - graduando em Filosofia pela UCSal e graduando em Direito pela FSBa.
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