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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Trabalhadores da Ceasa denunciam sujeira, desordem, escuridão e falta de segurança do local

Trabalhadores precisam conviver com sujeira, desordem, escuridão e falta de segurança

Fundada em 1973, a Central de Abastecimento da Bahia (Ceasa), localizada em Simões Filho, gera um volume de negócios na ordem de 1,4 bilhões ao ano, com a comercialização média de 600 mil toneladas de alimentos para a Bahia e Estados vizinhos. O principal símbolo do agronegócio do estado é responsável por mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e tem cerca de 500 mil metros quadrados, divididos em 14 galpões. Mas todos esses números parecem não ter importância alguma para o poder público estadual, que vem, há anos, negligenciando as condições de trabalho dos permissionários da Ceasa.

Sujeira, falta de fiscalização, de segurança, que é convidativa à violência, de iluminação, desordem no trânsito e no fluxo de veículos e ausência total de condições básicas de trabalho, fazem parte do dia a dia de quem tenta ganhar a vida na Ceasa. “Semana passada, depois que apaguei as luzes internas e fechei o box resolvi voltar para beber água, mas desisti na hora que olhei para o chão e percebi a quantidade de ratos que circulavam na área externa. Aqui fazemos desratização toda semana, já faz parte do meu custo semanal, mas é lógico que isso não é suficiente para garantir a extinção desses bichos do lado de fora”, disse a permissionária Iêda Nascimento.

A situação precária da Ceasa, que tem sua administração feita pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), vinculada a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), é histórica e denuncia enorme falta de vontade política. Diante disso, os quase 800 permissionários da Central de Abastecimento da Bahia (Ceasa) pedem socorro e chamam a atenção da população baiana para o grave problema. “O alimento que vai para a mesa do baiano passa por aqui e o tratamento historicamente indiferente que recebemos do Governo do Estado não condiz com a importância da Ceasa. Estamos completamente abandonados”, disse o presidente da Associação dos Permissionários da Ceasa (Aspec), Egnaldo Nascimento, que atua há mais de 27 anos no local.

A questão é que existe uma importância social e econômica do aparelho negligenciado pelo Governo, que tem impacto direto tanto para a indústria do agronegócio de todas as regiões da Bahia, como para a mesa dos consumidores baianos – incluindo restaurantes, hotéis, pequenos comerciantes e hospitais. A Ceasa funciona como reguladora de preços e fluxo de mercadorias e recebe o escoamento da produção de todo o interior do Estado.

Mesmo diante dessa importância do aparelho, os permissionários precisam conviver com problemas de infraestrutura em elevado grau de deterioração, que mistura frutas, verduras e grãos a lixo, água empoçada, cachorros e ratos. E, agora, como principal desafio, a Associação dos Permissionários da Ceasa (Aspec) luta para fazer o governo enxergar o problema e propor soluções de melhorias imediatas.

Taxa de condomínio da Ceasa Bahia é uma das maiores do Brasil

Apesar de contar com as piores condições de infraestrutura, segurança e trabalho, a Ceasa da Bahia tem uma das maiores taxas de condomínio do Brasil. “Desembolsamos uma média por metro quadrado de R$ 31 (box) e R$ 24 (pedra) todo mês. Isso representa um dos mais altos custos  entre as Ceasas do Brasil. No entanto, não existe contrapartida porque temos os piores serviços em sede de Ceasas no país”, afirma Egnaldo Nascimento.

Infraestrutura de qualidade, boa iluminação, higiene, fluxo de veículos organizado, postos médicos, postos de apoio policial à segurança durante 24 horas, delegacia de repressão ao abuso contra menor e agências bancárias são algumas das características de outras Ceasas citadas abaixo.

Veja comparação
Estado
Valor do condomínio médio mensal
Bahia
Box por metro quadrado R$ 45,36
Pedra por metro quadrado R$ 39,02
Preço médio do aluguel: R$ 24,00
Pernambuco
Box por metro quadrado de R$ 15,00
Pedra por metro quadrado R$ 15,00
Preço médio do aluguel: R$ 8,50
Rio de Janeiro
Box por metro quadrado de R$ 23,00
Pedra por metro quadrado R$ 23,00
Preço médio do aluguel: R$ 17,00
Minas Gerais (Contagem)
Box por metro quadrado de R$ 15,00
Pedra por metro quadrado R$ 15,00
Preço médio do aluguel: R$ 20,00
Teresina
Não cobra condomínio (privatizado)
Preço médio do aluguel: R$ 16,00



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