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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Exporural 2018 recebe II Exposição de Cachaças

Exporural 2018 recebe II Exposição de Cachaças do Nordeste.

Mostra de rótulos baianos reunirá apreciadores, comerciantes e mestres de gastronomia.

Com suas peculiaridades, aromas e sabores próprios, as cachaças baianas já ganharam o mundo, sobretudo os mercados da Europa, Ásia e África, mas pesquisas apontam que ainda existe um mercado interno que precisa ser explorado e expandido.

No sentido de apoiar a organização do setor e divulgar a bebida típica, símbolo do país, a Exporural 2018 recebe a II Exposição Cachaças do Nordeste. 

A feira agropecuária começa domingo (12), no Parque de Exposições de Salvador, e vai até o dia 19 (domingo). A mostra, aberta à visitação em todos os dias da Exporural, utiliza de diferentes artifícios para chamar a atenção dos consumidores e público em geral para suas cachaças de qualidade.

Os expositores não economizam em criatividade, seja com a apresentação de uma variada carta de rótulos e decoração das garrafas, seja na preparação de um drink ou de um prato típico que levam a bebida como ingrediente de destaque.

Na programação gastronômica, chefs regionais, internacionais e convidados apresentam pratos que fazem sucesso e ministram aulas na “cozinha show”, montada no estande da Kikaxassa, loja que comercializa mais de 20 rótulos, na sua maioria baianos. 

Já a Cachaça Limoeiro, produzida no município de Feira da Mata, inova trazendo para o evento a harmonização da cachaça com o charuto, já popularizada em alguns países como Panamá e Itália por clubes e confrarias.

Mercado -

Diante da predominância da informalidade, os dados do setor ainda são imprecisos, mas estima-se que no Brasil existam cerca de 40 mil produtores, e que a Bahia tenha atuação de 17,5% em relação a esse total (Sebrae), sendo a produção é predominantemente de cachaça de alambique, de pequenos produtores.

De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a produção nacional da bebida alcança 1,5 bilhão de litros anuais e movimenta cerca de R$ 7 bilhões por ano. Na Bahia, estima-se que existam mais de 200 pontos para o comércio e apenas cerca de 30 registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com uma produção de mais de 60 milhões de litros por ano (300 mil litros dos produtores registrados e em ascendência).

A Bahia se posiciona como o segundo no ranking de cachaça artesanal de alambique no Brasil. Os principais polos produtores no estado são Chapada Diamantina, Oeste, Extremo Sul e Recôncavo e no País, São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Bahia e  Paraíba. 

Dados do Sebrae revelam que menos de 1% do volume total produzido é destinado ao mercado internacional. Segundo o técnico e especialista, Nelson Luz Pereira, a falta de condições do agricultor para modernizar suas agroindústrias, a clandestinidade e falsificações são gargalos do setor. “Precisamos de incentivo para implementação de políticas públicas para a cadeia produtiva.

A certificação é fundamental para que os produtores ganhem competitividade e consigam alcançar o mercado externo. Além do selo, o produto precisa estar em conformidade com as regras do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial que estabelece critérios rígidos aplicados a cada fase da produção, vigiando questões sanitárias e a qualidade final do produto”, esclarece o produtor Raimundo Macêdo, da marca Limoeiro, que acabou de exportar 800 caixas para a Bélgica, acredita que um dos grandes desafios para a economia baiana consiste em sustentar oportunidades de negócios com potencial de crescimento sustentável, o que requer uma política de desenvolvimento com atenção a sistemas como inovação (ex: isolamento de leveduras, produção limpa, sem agredir ao meio ambiente), o produtivo (ex: continuidade de produção) e o financeiro (apoio de agentes, como bancos financiadores). “O mercado interno está em crescimento, devido ao esforço dos produtores, ao apoio de algumas entidades estatais e do mercado externo, cada vez mais aberto. Estamos vivendo o  nosso melhor momento no exterior, mas ainda pouco significativo”.

Diferencial  -

As etapas para a produção da cachaça artesanal, ou de alambique, começam no plantio da cana de açúcar e passam pela sua colheita, a fermentação, a destilação em alambiques de cobre e o envelhecimento em tonéis de madeiras nobres. Este processo confere à cachaça da Bahia características exclusivas, como aroma atraente, suavidade e sabor peculiar. “Da Chapada ao Litoral, não existe cachaça igual.

Cada uma com suas características, definidas a partir do microclima da região de origem e do envelhecimento nos barris de carvalho, jequitibá ou jaqueira”, defende o técnico Nelson Luz Pereira, que atua desde 1985 na produção da Cachaça Abaíra, produzida pela Associação dos Produtores de Aguardente da Microrregião de Abaíra (Apama). 

Ainda segundo ele, existe um preconceito muito grande em relação ao consumo da cachaça, o que está sendo desmistificado com a realização de pesquisas e o uso na gastronomia, valorizando pratos típicos. “Agora, os chefs descobriram que, além da cerveja e vinhos, têm a disposição a cachaça.

As cachaças in natura também são muito valorizadas, sobretudo na confecção de drinks e coquetéis, pois agrega a qualquer iguaria ou fruta, agradando aos diversos paladares“, avalia Pereira. A Cachaça pode harmonizar com tudo desde carnes das mais nobres (cordeiros, novilha, peixes, crustáceos e aves) a sobremesas (peras flambadas na cachaça, ficam perfeitas).

 SERVIÇO:
19ª Exporural
Data: 12 a 19 de agosto de 2018
Horário de funcionamento: das 8h às 20h
Local: Parque de Exposições de Salvador
Ingresso: R$ 10,00 (crianças de até 10 anos e adultos a partir de 60 anos não pagam)Informações: (71) 3375-4574 

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