Simpósio debate políticas públicas e participação cidadã dos idosos em Salvador
A participação ativa de idosos para o desenvolvimento da cidadania foi foco do I Simpósio CMI 2018, que aconteceu durante toda esta quarta-feira (22), no auditório do Centro de Cultura da Câmara, na Praça Thomé de Souza.
O evento, promovido pelo Conselho Municipal do Idoso, contou com a participação de membros da sociedade civil, gestores e profissionais que atuam na área de assistência social voltada para essa parcela da população na capital baiana.
A abertura do encontro contou com apresentação do coral do Lar Fabiano de Cristo e da abertura da mesa, que contou com a presença do titular da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Isnard Araújo. Ele ressaltou a atuação da pasta como parceira para realização de iniciativas socioassistenciais de proteção e promoção ao idoso, reforçando o trabalho dos CRAS, CREAS, Centros Pop e unidades de acolhimento.
“De quase 2,8 milhões de habitantes em Salvador, 25% são idosos. Como eles estão? A gente tem se preocupado e vamos agir para ter mais assistência e atuação de politicas públicas. O idoso de hoje deve viver sua plenitude de direito”, salientou Isnard. Ele também anunciou que em breve serão implantados em Salvador espaços lúdicos e de convívio para os idosos soteropolitanos.
O simpósio seguiu com palestra ministrada pela gerontologista Eliete de Paula, que levou à plateia uma reflexão sobre a participação cidadã dos idosos em todos os espaços sociais. “Temos que pensá-los como sujeitos ativos que têm toda a capacidade de decidir sobre sua vida. É bom destacar que a participação desse público na sociedade tem um componente muito valioso, inclusive na questão da promoção da saúde”, explicou.
Eliete acrescentou que falar de envelhecimento saudável não significa ausência de doença. “Mas é fundamental que haja um planejamento de atividades para o dia a dia. Isso engloba saídas para lazer, práticas de esporte, trabalhos. No momento que ele buscar essa participação social, aí sim teremos as bases para a construção dessa sociedade democrática, intergeracional”, pontuou.
Outro palestrante da manhã foi o delegado suplente da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), Nilton José Costa Ferreira. Ele falou sobre os três grandes grupos de violência contra o pessoal da terceira idade: “70% dos delitos praticados são advindas de pessoas do seio familiar, 20% de organizações criminosas especializadas em lesar os idosos e 10% estão distribuídos entre outros delitos”, listou. Ferreira aproveitou a oportunidade para tirar dúvidas dos convidados sobre temas relacionados ao direito dos idosos.
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