Consumido
 por aqueles que estão procurando reduzir seu consumo de açúcar, 
adoçantes de baixa caloria ou não calóricos estão presentes em nossas 
vidas diárias. Entre os tipos mais conhecidos estão aspartame, sacarina,
 ciclamato de sódio, sucralose e estévia. Mas apesar do uso e variedade 
cada vez mais comuns de tipos, muitas são as dúvidas que surgem: todos 
podem consumi-los? Eles podem causar câncer? Qual o melhor tipo para 
mim?
A nutricionista Iara Pasqua revela alguns dos mistérios que cercam esses ingredientes.
1. Os adoçantes não calóricos são ruins para sua saúde?
Não
 há evidências científicas que comprovem que os adoçantes não calóricos 
são prejudiciais à saúde, inclusive no Brasil, para que um adoçante seja
 liberado para venda e consumo, deve passar por testes que confirmem a 
segurança de seu uso pelo ser humano e sejam aprovados pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
2. Todos podem consumir adoçantes não calóricos?
Em
 geral, qualquer um pode fazer uso de adoçantes. É importante que, com a
 ajuda de um profissional, a pessoa siga um plano estruturado que deve 
incluir refeições equilibradas e realizar atividade física 
rotineiramente. A reeducação alimentar engloba várias mudanças, 
incluindo a redução do consumo de açúcar.
3. Os adoçantes fazem você engordar?
Não.
 O que faz você engordar é o estilo de vida que inclui alimentos 
inadequados, tanto em quantidade como em qualidade, associados à 
inatividade física. Muitas pessoas podem trocar açúcar por adoçantes com
 o objetivo de perder peso e podem ficar frustradas porque não fizeram 
parte de uma dieta equilibrada e atividade física.
4. O açúcar faz você ficar viciado em doces?
Um dos estudos
 mais recentes sobre o assunto concluiu que, ao contrário do que muitos 
médicos e nutricionistas pensam, produtos açucarados ou adoçantes não 
calóricos não produzem um aumento no desejo por sabor e podem até 
diminuir.
Os
 especialistas constataram que o consumo habitual de bebidas e alimentos
 doces não gerou um maior apetite por esse tipo de produto. Pelo 
contrário, em certos casos causou uma diminuição na preferência e 
escolha deste sabor. Esse resultado é consistente com um estudo 
publicado pela Public Health England em 2015, que também enfatizou que 
não houve relação entre os dois fatores.
5. Os adoçantes não calóricos podem causar câncer?
Não. Recentemente, um artigo
 publicado no Annals of Oncology da Oxford Academy, que tem como um dos 
autores Carlo La Vecchia, da Universidade de Milão (Itália), traz 
evidências epidemiológicas sobre a ausência de associação entre 
adoçantes de baixa caloria e risco de várias neoplasias comuns.
A revista científica Nutrients
 publicou recentemente o primeiro consenso ibero-americano sobre 
adoçantes de baixa caloria, preparado por mais de 60 especialistas 
internacionais, que destacaram a segurança de adoçantes de baixa caloria
 amplamente revisados e aprovados que foram autorizados por agências 
reguladoras em todo o mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), 
autoridades dos Estados Unidos (FDA) e europeias (EFSA).
É importante lembrar que é essencial seguir o limite aceitável determinado por estudos que garantam a segurança do consumo.
Saiba diferenciar os tipos de adoçantes:
Saiba diferenciar os tipos de adoçantes:
Adoçantes de baixa caloria
Sacarina:
 foi descoberta em 1879. É aprovada para uso em produtos 
industrializados e como adoçante de uso geral. Também pode ser usado em 
preparações assadas.
Aspartame:
 Foi aprovado em 1981. Seu uso hoje é liberado como adoçante de uso 
geral, mas não deve ser usado para alimentos que precisam ser assados. 
Não pode ser usado por pessoas que têm fenilcetonúria, pois um de seus 
componentes é a fenilalanina e a ingestão dessa substância deve ser 
controlada por pacientes com essa doença. Geralmente, pessoas com 
fenilcetonúria sabem desde o nascimento sobre sua condição.
Acessulfame de potássio (acessulfame - K): foi
 aprovado pela primeira vez em 1988. Aparece habitualmente em rótulos 
alimentares, tais como: acessulfame K, acessulfame de potássio ou de Ace
 K. Em 2003, foi aprovado como adoçante de uso geral e intensificador de
 sabor em alimentos, sob algumas condições de uso. Pode ser usado como 
um substituto para o açúcar em alimentos cozidos.
Stevia:
 produzido com as folhas de uma planta conhecida como Stevia, encontrada
 em alguns lugares da América do Sul. Seus testes foram realizados em 
2008 e a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece seu uso. Pode ser 
usado como adoçante de uso geral e como substituto do açúcar para 
refeições frias.
Sucralose:
 foi aprovado para uso como adoçante de uso geral em 1999, sob algumas 
condições de uso. É encontrado em alimentos como produtos de 
panificação, bebidas, gomas de mascar, geleia e sobremesas lácteas. É um
 substituto do açúcar para alimentos cozidos.
Neotame:
 seu uso foi aprovado em 2002 como adoçante de uso geral e realçador de 
sabor de alimentos. Pode ser usado como um substituto para o açúcar em 
produtos assados.
Ciclamato:
 o ciclamato foi um dos primeiros adoçantes descobertos, e sua aprovação
 também contou com a análise de inúmeros estudos científicos. Hoje, seu 
consumo é permitido em mais de 50 países da Europa, Ásia, América do 
Sul, Norte e África. Existem aproximadamente 475 estudos científicos 
provando que o ciclamato não é carcinogênico. Cerca de 24 estudos 
mostraram que, mesmo após altas ingestões de ciclamato ao longo da vida,
 não houve alteração ou formação de câncer em animais de laboratório. 
Numerosos estudos em humanos também mostraram este mesmo resultado. 
Portanto, a aprovação e dosagem atribuída ao ciclamato é mantida. No 
Brasil, o uso do ciclamato também é permitido. Pode ser usado como um 
substituto para o açúcar.

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