Virada
educacional promove o protagonismo
estudantil
e a integração com as famílias nas escolas
estaduais
O
movimento #TransformaÊ: Virada Educacional Bahia alterou a
rotina das escolas estaduais da capital e do interior nesta
sexta-feira (21). Durante 12 horas seguidas, milhares de
estudantes da rede estadual estão protagonizando, nos três
turnos, apresentações de artes nas distintas linguagens -
música, dança, teatro, artes visuais, fílmicas e
literárias -, além de ações pedagógicas voltadas para o
Esporte, para a Ciência, à Inovação e ao
Empreendedorismo. A atividade abriu as portas das unidades
escolares para a comunidade do entorno e para as famílias.
Em alguns locais, os alunos foram às ruas e ocuparam as
praças públicas, seja para a prestação de serviços
gratuitos ou para levar a alegria do entretenimento.
O
secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, está
acompanhando as atividades durante todo o dia e à noite, em
escolas do interior do Estado. Pela manhã, ele participou do
#TrasformaÊ no Colégio Estadual Teixeira de Freitas e no
Centro
Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Saúde Tancredo
Neves, no município de Senhor do Bonfim, onde
também realizou a entrega de laboratórios. Pinheiro falou
sobre o dia da Virada Educacional na rede. "Esse momento
destaca a nossa proposta de colocar a arte, a cultura e a
ciência como uma pedagogia fundamental no currículo da rede
estadual e integrando a comunidade, trazendo-a para a
escola”, afirmou.
Escola
que Acolhe -
Na oportunidade, Pinheiro ressaltou o lema do #TransformaÊ
este ano que é ‘Escola que Acolhe’, uma alusão ao
programa Acolher, da Secretaria da Educação, que
promove o atendimento educacional às unidades
escolares, por meio da convergência de ações pedagógicas
e biopsicossociais.
“Estar em um Centro de Educação Profissional demonstra
que, além dessa formação técnica, queremos que a unidade
acolha o estudante, o aceitando como ele é, dando o suporte
socioemocional e incentivando sua individualidade e seus
talentos. Afinal, por que um aluno que faz Enfermagem não
pode também fazer um curso de Música ou completar sua
formação com um curso técnico superior? Claro que pode! A
escola tem que dar todo suporte para esse aluno e nós da
Secretaria temos que dar todas as condições para a escola
atuar", completou.
Em
Salvador, o #@TransformaÊ empolgou estudantes, professores,
técnicos e as famílias. No Colégio Estadual Senhor do
Bonfim, nos Barris, o colorido tomou conta da decoração e
das roupas. Os estudantes se caracterizaram como personagens
para homenagear a vida e obra do escritor Jorge Amado. No
Colégio Estadual David Mendes Pereira, no bairro de Pau da
Lima, foram realizadas palestras sobre alimentação
saudável, oficinas de barbeiro, de Saúde e sobre
autoestima, roda de conversa sobre autoconhecimento e
apresentações de dança. A estudante Rafaela Sampaio, 16,
2° ano, estava empolgada. “O #Transformaê é muito
interessante porque nos aproxima mais da escola com
atividades que vão além do que geralmente temos na nossa
rotina escolar. Gostei muito de participar da oficina de
conhecimentos agrícolas”, comentou.
Balões
amarelos -
No bairro de Valéria, os moradores saíram nas janelas para
ver a Fanfarra do Noêmia Rêgo passar em direção à Praça
Matriz, onde os participantes soltaram balões amarelos, em
uma referência ao ‘Setembro Amarelo’, mês de
valorização da vida. No bairro de Plataforma, o
#TransformaÊ começou às 8h30 e segue até às 21h no
Colégio Estadual Bertholdo Cirilo dos Reis. No Centro
Juvenil de Ciência de Cultura, localizado dentro do Colégio
Central, o dia foi marcado por apresentações musicais,
recitais, vídeos e exposição de trabalhos científicos.
Educação
Inclusiva -
No Colégio Estadual Satélite, no bairro de Piatã, o
#TransformaÊ marcou o início da Semana da Inclusão, que
prossegue nos dias 24 e 25, com várias atividades como
oficinas de confeitaria, bordado, pintura e artesanato, além
de apresentação teatral. No Centro de Atendimento
Educacional Especializado Pestalozzi, no bairro de Ondina, a
programação também marcou o Dia Internacional de Luta das
Pessoas com Deficiência e foi voltada para a integração
entre estudantes e familiares, com oficinas de fotografia,
teatro, dança, sensorial, produção artesanal de sabão com
óleo de cozinha, além de palestra sobre cuidados
ginecológicos para as mães. Outro destaque, foi a prestação
de serviços como aferição de pressão arterial, orientação
nutricional, limpeza de pele e maquiagem. “Estas atividades
envolvendo a família são essenciais, pois nos
diverte bastante na companhia dos nossos filhos”,
comemorou dona Maria Oliveira de Brito, mãe do estudante,
João Vitor Nascimento, 14.
Festa
no interior – No
interior, a comunidade escolar ocupou as ruas, a exemplo do
Centro Educacional Renato Pereira Viana, cuja programação
contou com a participação do superintendente de Políticas
para a Educação Básica, Ney Campello. "A cidade de
Lençóis se transformou em uma grande sala de aula a céu
aberto. A escola promoveu uma programação diferente, com
visitas a museus e espaços que falam muito do cotidiano
daqui. Os estudantes estão vivendo a cidade e a escola está
mais alegre e colorida", afirmou. Durante a programação,
o superintendente promoveu um momento de reflexão e
integração entre a comunidade escolar. "Fizemos um
momento de silêncio, de olhar para dentro. Queremos
aproveitar o #TranformaÊ para promover a cultura de paz nas
escolas", completou.
Em
Feira de Santana (118 km de Salvador), os estudantes do
Colégio Estadual Juiz Jorge Faria Góes participaram de
atividades culturais com muita dança, poesia e teatro. Bruna
Silva da Costa, 17, estudante do 3º ano do Ensino Médio,
apresentou a peça "Violência contra a Mulher", e
era uma das mais animadas. "Gosto muito de participar.
Tudo que fazemos fora da sala de aula, na prática, nos ajuda
a potencializar os nossos conhecimentos", afirmou.
Em
Vitória da Conquista, o
Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Adélia
Teixeira, os estudantes do 4º ano do curso técnico em
Enfermagem emocionaram a todos com a encenação teatral
sobre o ‘Setembro Amarelo, como conta Micaele Oliveira, 19.
“Em pesquisas descobrimos que a falta de diálogo, o
silêncio e a timidez entre outros sinais, escondem um jovem
deprimido, que só pensa em tirar a própria vida. Temos que
ajudar, acolher e conversar e a escola é esse lugar de
diálogo e descobertas. Que bom que o TransformaÊ nos
proporcionou esta reflexão”, comentou.
Já
em Ilhéus, os estudantes do Colégio Estadual Moisés Bohana
prestaram vários serviços gratuitos à comunidade em
parceria com órgãos públicos como CEPLAC, DETRAN,
Secretaria de Saúde do Município e Defesa Civil. "O
#TransformaÊ proporciona mudanças eficazes no processo de
ensino e aprendizagem do estudante, que sai daqui mais
consciente dos seus direitos e deveres, ciente de que a sua
missão não é só assistir, é aprender e divulgar esses
ensinamentos", afirmou a professora Telma Palmeira.
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