Confira as dicas de especialista para se livrar da prisão de ventre
Inchaço, dor abdominal,
cólica e até mau humor. Essas são algumas das implicações da constipação
intestinal, muito comum em mulheres, não só por questões biológicas e
hormonais, mas, também, comportamentais, como
timidez, receio e vergonha. Popularmente conhecida como prisão de
ventre, pode se instalar em virtude de complicações físicas e de
comportamentos inadequados, como não ir ao banheiro quando tem vontade,
mastigar com rapidez e ingerir alimentos pobres em fibras.
A boa notícia é que mudar os hábitos de vida pode dar um chega pra lá
no problema.
De forma geral, a
constipação intestinal acontece quando os movimentos do intestino ficam
mais lentos, difíceis ou menos frequentes, com sintomas como esforço e
dor na hora da evacuação, fezes duras, ressecadas e
evacuação incompleta, além de um forte desconforto em virtude da
distensão abdominal e da presença de gases.
Problemas como
hipotireoidismo, doenças inflamatórias, neurológicas, fissuras no reto e
uso de alguns medicamentos podem levar ao quadro. Mas, é verdade também
que o componente comportamental pode prejudicar o funcionamento
do intestino. Seja como for, é importante investigar a causa para obter
tratamento adequado e melhoria da qualidade de vida. Vale frisar que,
em algumas ocorrências, a constipação intestinal pode acender o sinal de
alerta para outras complicações – de hemorroidas
ao câncer do intestino.
A médica gastroenterologista da Diagnoson
a+, Virgínia Figueiredo, destaca que o acompanhamento médico é
fundamental: “é preciso saber o histórico da paciente, saber se há
alguma alteração biológica, como uma disfunção hormonal,
por exemplo, e conhecer seus hábitos alimentares. É comum o quadro
crônico, mas, também, podem ocorrer episódios agudos em virtude de
alguma mudança na rotina diária ou relacionada a algum fator emocional.
Os períodos pré-menstrual e gestacional também podem
favorecer essa alteração”, explica.
Como mudar os hábitos
Dra. Virgínia diz, ainda, que prender o
intestino em viagens, ambientes de trabalho e casa de amigos e parceiros
é um hábito comum, principalmente, entre as mulheres, que pode trazer
danos à saúde. Esse comportamento deve ser
desencorajado.
O tratamento deve priorizar
as mudanças no estilo de vida e na alimentação e não o uso de laxantes e
supositórios. Entre as dicas, estão a de não segurar ou prender a
evacuação, reservar um tempo para ir ao banheiro,
praticar atividade física, ingerir líquido e alimentos ricos em fibras,
mastigar bem e reduzir o consumo de carne vermelha e de bebidas
alcóolicas.
Alimentação
Proteínas animais, alimentos
gordurosos, calóricos, apimentados e açucares devem ser consumidos com
moderação. Além do baixo teor de fibra, eles podem irritar a mucosa
intestinal e produzir gases. “O ideal é sempre
optar por alimentos naturais, pouco processados, e deixar os
industrializados de fora. No lugar do suco de caixinha, sugiro um suco
da fruta ou uma água de coco. Vale também optar pelos grãos integrais”,
recomenda a médica.
Alguns alimentos com alto
teor de fibra, se acrescidos à dieta, podem prevenir e combater a prisão
de ventre. Entre eles, estão: lentilha, grão de bico, brócolis, couve,
inhame, mandioca cozida, abóbora, aveia, maça
com casca, laranja, uva-passa, amêndoa torrada, pipoca, arroz e
macarrão integrais, além de muita água. No entanto, aumentar rapidamente
a ingestão de fibras pode causar gases intestinais e sensação de
empachamento abdominal. Assim, deve-se iniciar a ingestão
de forma lenta e aumentar gradualmente a quantidade ingerida todos os
dias. Alguns probióticos podem ajudar se consumidos de forma regular.
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