Agência Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje (19) que
“todas as opções estão na mesa” quando o assunto é buscar soluções para a
crise na Venezuela. Questionado se há a possibilidade de uma
intervenção militar naquele país, bem como a aplicação de sanções
econômicas mais duras, o norte-americano não excluiu nenhuma delas, mas
afirmou ser “triste” a situação vivida pela população venezuelana.
“Ainda não implementamos as sanções mais duras. Todas as opções estão
na mesa, ainda não implementamos as sanções mais rígidas. [...] Podemos
endurecer a política se for necessário, mas é muito triste, não
queremos nada além de cuidar das pessoas que estão famintas, estão
morrendo”, disse Trump.
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Indagado sobre uma eventual intervenção militar, Bolsonaro não disse
se o Brasil apoiará ou não a ação no território venezuelano. Ele apenas
falou que informações estratégicas não podem ser divulgadas. “É uma
questão de estratégia. Tudo que tratarmos aqui será honrado, mas
infelizmente certas informações, se vierem à mesa, não podem ser
debatidas publicamente.”
O presidente brasileiro acrescentou que o Brasil fará o que for
possível nessa questão, mas evitou adiantar quais medidas serão
efetivamente aplicadas. “O que for possível fazermos juntos para
solucionar o problema da ditadura venezuelana, o Brasil estará a postos
para cumprir. […] Nós temos que somar esforços para botar um ponto final
nessa questão que é ultrajante”.
Posição brasileira
Por diversas vezes, o governo brasileiro afastou a possibilidade de entrar com suas Forças Armadas em território venezuelano para forçar a saída de Nicolás Maduro da presidência. Ontem (18), após evento na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, reiterou que uma intervenção no país vizinho vai contra a Constituição.
“O Brasil entende que a situação da Venezuela deva ser resolvida com
base na nossa diplomacia, que é tão antiga e referência no mundo
inteiro. Não trabalhamos com intervenção, até porque afronta a nossa
Carta Magna”, disse o porta-voz.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também já se manifestou a respeito do assunto. Em discurso na reunião do Grupo de Lima
em fevereiro, Mourão, afastou a possibilidade de intervenção na
Venezuela. Para ele, o Brasil pode contribuir com a democracia no país
vizinho sem ser lembrado pela história como uma nação “invasora e
violadora das soberanias nacionais”.
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