Wanderley Meira assume o cargo de diretor artístico da companhia
Companhia
oficial de dança da Bahia, corpo estável mantido pelo Teatro Castro
Alves (TCA), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria
de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), o Balé Teatro
Castro Alves (BTCA) está sob nova direção artística. Foi nomeado hoje o
produtor, diretor, ator e gestor Wanderley Meira para assumir a tarefa.
Wanderley vinha,
desde 2017, respondendo pela coordenação de Teatro no âmbito da Funceb,
desenvolvendo as políticas públicas estaduais deste setor. Esta
expertise na gestão pública o habilita a um pensamento
macro a respeito das práticas e desafios de manter em excelência a
atuação do BTCA, uma entidade também pública. Seu posicionamento é de
conduzir este processo de modo coletivo com dançarinos e servidores,
construindo uma proposição artística, de manutenção
e de planejamento estratégico a partir de anseios conjuntos. “O
trabalho será para ampliar e fortalecer a relação da companhia com a
cidade e com o estado, pensando em uma companhia que tem a força da
representação da Bahia, que dialoga com a dança e com as
demais artes do nosso estado para chegar ao mundo”, diz Meira. Ele
ocupa a vaga deixada por Antrifo Sanches, que esteve no cargo desde
2015.
Na formação
artística, Meira é licenciado em Letras Vernáculas pela Universidade
Católica do Salvador (UCSal), mas construiu sua carreira profissional
nas artes cênicas. Iniciou-se como ator em Curso de
Manoel Lopes Pontes em 1994 e trabalhou em diversas montagens, com
nomes marcantes da cena local, como Harildo Déda, Fernando Guerreiro,
João Sanches, Nadja Turenkko, Gil Vicente Tavares e Rino Carvalho.
“Para nós é uma
oportunidade de repensar o lugar e os caminhos a trilhar pelo Balé na
direção da nossa visão institucional, que é a de estar presente em mais
municípios do interior do estado e estreitar
a relação entre a companhia e a sociedade", enfatiza a diretora geral
da Funceb, Renata Dias.
HISTÓRICO
– Fundado em abril de 1981, o Balé Teatro Castro Alves é a primeira
companhia pública de dança do Norte e Nordeste e a quinta
companhia de dança no Brasil. Referência na dança moderna e
contemporânea, conta no seu repertório com mais de 70 montagens de
importantes coreógrafos, como Antônio Carlos Cardoso, Victor Navarro,
Carlos Moraes, Claudio Bernardo, Guilherme Botelho, Henrique
Rodovalho, Ismael Ivo, Lia Robatto, Luis Arrieta, Mario Nascimento,
Oscar Araiz, Tíndaro Silvano e Tuca Pinheiro.
Em sua história recente, destacam-se
“Lub Dub” (2017), aclamado pelo público e considerado um dos
10
espetáculos de dança fundamentais de 2017 pela revista Bravo!, com
coreografia do sul-coreano Jae Duk Kim; o projeto “Urbis in Motus”
(2017), interação de performance, dança e vídeo;
“Tamanho Único” (2018),
conjunto
de solos com temas livres criados por integrantes da companhia e por
convidados externos: o coreógrafo Augusto Soledade (Brasil/Estados
Unidos) e o pesquisador em dança Leo Serrano (Argentina);
e “CHAMA:
Coreografia para artistas incendiárixs” (2018), dirigido pelos
coreógrafos Jorge Alencar e Neto Machado, uma obra argumentada
pelo incêndio do Museu Nacional.
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