Um dia lúdico de cultura, lazer e informação foi vivido, nesta quinta-feira (4), pelos estudantes autistas do
Centro
de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia,
localizado no bairro de Ondina, em Salvador. Com a presença de seus
pais, que tiveram a oportunidade de assistir a palestra
sobre o Autismo, os alunos participaram de uma série de atividades
promovidas em celebração ao Dia Mundial do Autismo (2 de abril). Além do
acolhimento com um café da manhã, eles se divertiram com apresentações
de música, teatro de fantoches e capoeira, bem
como se envolveram com a oficina de jardinagem, as brincadeiras de Tio
Paulinho e as ações do Axé Buzu, o ônibus transformado em biblioteca e
videoteca do Projeto Axé.
Envolvido
com as atividades lúdicas, o estudante Mauro Alberto Costa, 43 anos de
idade e mais de 20 de Pestalozzi, era um dos mais empolgados. Dançando,
cantando e fazendo gestos de coração com
as mãos para todos, ele fez questão de dar o seu depoimento: “Gosto
daqui porque é bom. E gosto de coração e de música. Oficinas e chutar
bola eu gosto”. O aluno Elias Borges, 14, também quis dar entrevista:
“Gosto do Pestalozzi e das professoras Charlene
e Aline. Gosto de fazer Educação Física. É legal”.
Dentro
da programação recreativa, o Axé Buzu foi uma das atividades que mais
encantaram as crianças e jovens da Pestalozzi. Por meio do ônibus de
cultura e lazer, as crianças se divertiram e participaram
de oficinas de música, dança e artes plásticas. A dona de casa Lenildes
da Conceição, mãe da aluna Elaine da Conceição Santos, 11, que mora em
Cachoeira, disse que não perde uma atividade promovida pela unidade.
“Porque são muito boas para as crianças. Elas
se divertem, se acalmam, ficam tranquilas e alegres. Esta escola aqui é
uma bênção porque, graças a dedicação e amor dos professores, minha
filha hoje é menos agitada, consegue se concentrar mais, se desenvolveu
mais”, justificou.
A
diretora Cláudia Almeida falou sobre a importância da programação em
alusão ao Dia Mundial do Autismo. “O mundo precisa enxergar o autista e
abraçá-lo. O nosso centro, que é mantido pelo governo
do Estado, tem como meta lutar para que os autistas sejam cada vez mais
inseridos na sociedade. Para nós, do Pestalozzi, portanto, todo dia é
dia do autista. A data, que confraternizamos hoje, é apenas simbólica e
tem como objetivo proporcionar aos meninos
uma experiência diferente do seu dia a dia, com atividades lúdicas de
socialização, junto às suas famílias”.
Para os pais –
A
palestra “Pais de crianças e jovens com TEA: Transformação, empatia e
amor”, ministrada pela professora Daniela Lima, atraiu pais e mães, que
tiveram a oportunidade de conhecer
melhor sobre o que é o autismo e como os autistas podem ter mais
qualidade de vida se forem cercados de amor.
“O autismo aparece
nos primeiros anos de vida e, apesar de não ter cura, terapias e
medicamentos, além de muito amor, podem proporcionar qualidade de vida
para os pacientes e suas famílias”, garantem os especialistas.
Os transtornos do espectro autista (TEA) englobam uma série de diferentes apresentações do quadro, tendo em comum maior ou
menor limitação na comunicação (linguagem verbal e/ ou não verbal); na
interação social; e nos comportamentos caracteristicamente
estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses.
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