Exposição, aulas experimentais, lançamento de livro, palestra e filmes estão na programação
De
5 a 14 de abril, o Brasil vai vivenciar a quarta edição da “Semana da
Língua Alemã”, uma ação das Embaixadas da Alemanha, Áustria, Bélgica,
Luxemburgo e Suíça que reunirá mais de 550
eventos em todo o país. Em Salvador, o Goethe-Institut Salvador-Bahia
promove uma programação, quase totalmente gratuita, que inclui workshop,
debate, exposição, aulas experimentais, lançamento de livro, palestra e
diversas sessões de cinema. O objetivo é
oferecer ao público a oportunidade de conhecer a beleza e a diversidade
do idioma, despertando o interesse dos brasileiros para a língua mais
falada da Europa.
A
partir do dia 5, o instituto acolhe a exposição “Mitos Berlinenses”, em
que o premiado ilustrador Reinhardt Kleist exibe a história e histórias
de Berlim. Os quadrinhos – ora emocionantes,
ora engraçados – estão profundamente enraizados no folclore da
metrópole. A visitação segue até o dia 20 de abril, de segunda a sexta,
das 9h às 20h, e sábados, das 9h às 17h.
Curiosos
e interessados também poderão ter aulas experimentais de alemão para
testar primeiras noções do idioma. Basta comparecer ao Goethe-Institut
em um dos dois horários: 8 de abril
(segunda), às 17h, ou 10 de abril (quarta), às 15h.
O
escrito baiano Moisés Alves lança, em 12 de abril (sexta), às 18h, na
Biblioteca do Goethe-Institut, o livro “Coisas que fiz e ninguém notou
mas que mudaram tudo”, que nasce a partir
da ida do autor para Berlim, devido à bolsa Kulturmittlerstipendium
2018, concedida pelo Goethe-Institut Salvador. A partir da atitude de
lançar o próprio corpo na situação de deriva, o artista ocupa e
experimenta, via escrita, não só espaços, mas sobretudo
o que movimenta as coisas da vida. Gestos, aromas, obras de arte e
fantasmas da cidade atravessam os poemas.
E
no dia 15 (segunda), às 19h, a palestra “Stefan Zweig – Vida, rupturas e
exílio” encerra a programação, com Zichun Huang (Universität Jena/UERJ)
e Dr. Paul Voerkel (UERJ/DAAD). Stefan
Zweig, nascido em 1881 na Áustria e falecido em 1942 no Brasil, foi um
dos autores de língua alemã mais traduzidos e lidos mundialmente.
Pacifista e grande observador, sua vasta criação literária se destaca
por um olhar minucioso e por capturar temáticas que
são atuais até hoje. No evento, haverá a descrição de momentos
históricos que marcaram a vida de Zweig e que o forçaram a deixar a sua
pátria, em 1934. Serão integrados trechos de sua autobiografia
intitulada “O mundo de ontem”, lidos em língua alemã e com
tradução em Português, em busca de uma aproximação dupla tanto à obra
quanto à pessoa de Zweig.
PROGRAMAÇÃO CINEMATOGRÁFICA
– A comédia alemã “A Sala de Aula Voadora” (2003), de Tomy Wigand,
vai ser exibida em 9 de abril (terça), às 15h, contando a história de
Jonathan, um menino de 12 anos que vai para o internato e faz amizade
com um grupo de garotos aventureiros que decidem descobrir o mistério
por trás do desaparecimento de um escritor.
Já
no dia 11 (quinta), às 10h30, a Unijorge recebe sessão do filme “A
Medição do Mundo” (2012), de Detlef Buck, para celebrar os 250 anos de
nascimento de Alexander von Humboldt. No início
do século XIX, os cientistas Alexander von Humboldt e Carl Friedrich
Gauß decidem estudar o mundo. Apesar do objetivo ser o mesmo, os seus
métodos não podiam ser mais diferentes. Enquanto o investigador Humboldt
viaja por continentes e faz medições, o matemático
Gauß fica em casa e dedica-se aos seus cálculos. Anos depois, os dois
se reencontram e refletem sobre as suas vidas.
Também no dia 11, às 19h,
o Goethe-Institut lança o projeto “CineAlemanha”, um ciclo de filmes no Cinema do Museu, sala do Circuito
Saladearte,
com o drama “Em Trânsito” (2018), de Christian Petzold, aclamado como o
maior cineasta alemão entre os realizadores revelados nos últimos anos.
Adaptação livre do romance homônimo
de Anna Seghers, cuja história, de 1942, é transferida para o presente,
“Em Trânsito” conta a história de um grande amor quase impossível em
meio a fuga, exílio e saudades por um lugar que se pode chamar de lar.
As tropas alemãs estão se aproximando rapidamente
de Paris. Georg, um refugiado alemão, foge para Marselha no último
instante e assume a identidade de um escritor morto, chamado Weidel. Ele
conhece a esposa do falecido, Marie, que não tem ideia da morte do
marido e ainda espera por sua chegada. Mesmo que
um caso amoroso se desenvolva entre ela e Georg, Marie mantém esse
plano. Ao mesmo tempo, a situação política em Marselha está se tornando
cada vez mais perigosa. Os ingressos custam
R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), sendo esta a única atividade paga de toda a lista.
De
volta ao Goethe-Institut, duas exibições celebram os 30 anos da queda
do Muro de Berlim. Primeiro, em 12 de abril (sexta), às 20h, o filme
“Coming out” (1989), de Heiner Carow, supostamente
o primeiro filme da Alemanha Oriental com uma temática gay, traz o
personagem Philipp, um jovem professor que está confuso sobre sua
orientação sexual e é casado com uma colega para manter as aparências.
Numa noite, ele entra “acidentalmente” em um bar gay
e conhece Matthias, um jovem bonito de 19 anos que rapidamente se
interessa por Philipp. Depois, no dia 13 (sábado), às 19h, “A lenda de
Paul e Paula” (1972), de Heiner Carow, produzido na antiga República
Democrática Alemã, que apresenta as más experiências
com o amor dos personagens-título. Paul está financeiramente bem, mas
perdeu todo o carinho por sua esposa. Paula leva uma vida problemática
criando dois filhos sozinha. Eles se encontram e descobrem uma paixão
muito forte um pelo outro.
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