Das 225 vagas disponíveis pelo Projeto Ginga de Peito Aberto II, na
 Escola Municipal Vale das Pedrinhas, 139 ainda estão disponíveis. As 
aulas acontecem sempre no contraturno escolar e têm duração de uma hora.
 Podem participar do projeto crianças e jovens
 entre 7 a 17 anos de idade, que devem estar devidamente matriculados na
 rede municipal de ensino. Eles precisam procurar a undade, no horário 
de funcionamento, para realizar a inscrição. 
Executado pela Organização Social de Peito Aberto Incentivo ao 
Esporte, Cultura e Lazer, a iniciativa é viabilizada por meio da Lei 
Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Cielo e apoio da 
Prefeitura,através da Secretaria de Educação (Smed).
No segundo ano de atividades, o projeto está habilitado a ofertar 
aulas para 450 crianças e jovens. Na Escola Municipal Cristo Rei, em 
Fazenda Grande II, 225 alunos recebem os ensinamentos. No entanto, na 
Escola Municipal Vale das Pedrinhas apenas 86 alunos
 estão distribuídos em 12 turmas. Além das aulas de capoeira, as 
atividades também abordam as questões históricas, com o objetivo de 
gerar acesso à educação através da cultura popular. Para a diretora da 
Escola Municipal Vale das Pedrinhas, Maria Anunciação
 Sá Teles, a capoeira tem sido uma ferramenta muito importante para o 
aprendizado dos alunos.
“Com certeza tem impactado muito positivamente nas atividades 
realizadas em classe. Nas aulas de capoeira, além do aprendizado 
cognitivo, eles adquirem valores, noções de respeito ao próximo, 
equilíbrio e como conviver bem em grupo. Temos intercalado os
 aprendizados da arte com outras disciplinas”, assinalou a diretora. 
Ainda de acordo com a gestora, a possibilidade de ocupar o turno oposto 
as aulas com atividades esportivas e artísticas é de grande para as 
crianças, adolescentes e também para as mães e pais.
 “Sabemos que pais e mães trabalham e nada melhor do que saber que os 
filhos estão na escola em segurança aprendendo um esporte”, frisou.
Material gratuito - Desde a semana passada, o projeto está 
entregando materiais aos alunos dos dois núcleos. Os beneficiados 
recebem camisa, calça e sandália para serem utilizados durante as aulas.
 Moradoras da comunidade e estudantes da Escola
 Vale das Pedrinhas, no turno matutino, as irmãs Giovana e Gisele Cruz, 
de 9 e 7 anos, fazem as aulas nas segundas e quartas, 14h. 
Disciplinadas, elas executam todos os movimentos orientados pelo 
capoeirista André Sideira. Perguntada pela reportagem sobre o
 sentimento com relação a capoeira, a pequena Gisele responde: “adoro 
porque também danço quando ele ensina a gingar”, explica a garota.  
O coordenador técnico e pedagógico, Anderson Lopes, exaltou a 
dinâmica das atividades. Para ele, a capoeira é muito mais do que um 
esporte. “Costumo dizer que é uma escola de saberes. Através da 
Capoeira, aprendemos os fundamentos históricos que englobam
 a história do nosso povo e a importância do viver em grupo. E por 
incrível que pareça também aprendemos a cultura da não violência. É uma 
ferramenta de educação incrível e muito transformadora”, assinala. No 
núcleo do Vale das Pedrinhas atuam dois professores
 e dois auxiliares.
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