O publicitário Marcos Roberto V. Santos, 39 anos, procurou nossa redação para fazer uma denúncia contra agentes da Transalvador, diante de uma abordagem cheia de irregularidades sanitárias.
De acordo com Marcos Roberto, o mesmo foi abordado numa blitz, na Av. Bonocô, era uma terça-feira à noite. "A agente me pediu documentos e perguntou se poderia soprar o aparelho, eu disse que sim e seguimos".
"Na minha frente, na fila, haviam dois rapazes, um já estava no ato de soprar quando me aproximei, me chamou a atenção e me deixou bastante assustado o fato desse primeiro rapaz ter expelido uma leve tosse ao final do bafejo. Logo de imediato eu perguntei ao agente se eles estavam cumprindo algum protocolo de segurança, o segundo rapaz que estava na minha frente também se assustou e concordou com minha indagação, o agente se irritou e disse “não tem protocolo nenhum, é só soprar e o senhor segue o seu caminho”.
Extremamente descontente com aquela situação, peguei meu celular no bolso e comecei a gravar (imagens anexas), deixei bem explicito que estava registrando e perguntei “Agente, o senhor tem certeza de que é seguro retirar minha máscara e botar a boca nesse aparelho? O senhor afirma que não corro nenhum risco de me infectar com esse ato?”, ele respondeu: “O senhor não vai soprar não? Então sua habilitação vai ficar retida”. Nessa altura da ocorrência, o primeiro rapaz (da tosse) já havia sido liberado, pois não deve ter acusado nada, além de uma visível comorbidade respiratória. O segundo rapaz na minha frente, passou a me apoiar em todas as minhas indagações e os agentes, percebendo minha contestação, se mostraram visivelmente irritados.
Fiz reclamação formal no portal FALA SALVADOR, e junto à ouvidoria da Transalvador, como orientam no site da autarquia (Processo Nº 61563/2021), mas tive a resposta de que minha reclamação foi “mero inconformismo do Denunciante”.
Ainda constatei que no local da abordagem, não havia nenhum tipo de protocolo de segurança, tais como medição de temperatura, dispenser de álcool em gel e muito menos respeito ao distanciamento entre os envolvidos, além de falta de uso de luvas por parte dos agentes que manuseavam os documentos dos condutores e o aparelho e seus acessórios.
Considerando o quadro pandêmico em que o mundo inteiro está enfrentando, considerando todos os esforços que a prefeitura de Salvador vem fazendo para estancar o número de infecção, considerando os mais de 400.000 mortos no país, a equipe deveria estar preparada para atuar com o mínimo de segurança para com os condutores.
Quero ratificar que em momento algum me recusei soprar o aparelho, apenas questionei a segurança do processo".
Em anexo imagens que evidenciam a falta de protocolos para conter a propagação de vírus.
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