Norteada pelo eixo estratégico “Educação e Cultura em Direitos Humanos”, a SJDH contribui com iniciativas voltadas à promoção da justiça e reparação à memória de vítimas de violações de direitos
Familiares, parlamentares e ativistas dos direitos humanos se reuniram nesta segunda-feira (4), no mausoléu do líder político e escritor baiano, Carlos Marighella, no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador. A cerimônia marca a data do seu assassinato, ocorrido há 55 anos, no dia 4 de novembro de 1969. A diretora executiva da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos, Lucinea Rocha, representou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) no ato.
Contribuir com iniciativas voltadas à promoção da justiça e reparação a vítimas de violações de direitos é uma das linhas de ação da SJDH para manter viva a memória e o legado de defensores dos direitos humanos e da democracia. Norteada pelo eixo estratégico “Educação e Cultura em Direitos Humanos”, a SJDH estimula debates e ações que contribuem para o fortalecimento dos direitos humanos, entre os quais aqueles ligados à luta por reparações a direitos violados, seguindo a Política Nacional sobre a temática.
“É importante para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos participar das homenagens a Carlos Marighella, porque ele foi um ativista que lutou pelos direitos humanos e pela justiça social, temas que fazem parte da política da SJDH. O Estado brasileiro precisa preservar essa memória que foi tão importante para a formação dos movimentos sociais e, também, para a formação política do nosso país”, ressaltou a diretora da SUDH, Lucinea Rocha.
As homenagens a Marighella, um dos principais opositores do regime militar no Brasil, se estendem nesta terça-feira (5), em um ato alusivo ao ‘Dia Estadual de Combate à Tortura’, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). A data faz parte do Calendário de Eventos Oficiais do Estado, após sanção do Projeto de Lei pelo então governador Rui Costa, em 2019, em reverência à memória do baiano Marighella. Outros atos estão previstos para acontecer em dezembro, nas datas que marcam os 113 anos de nascimento (5 de dezembro) e os 45 anos do traslado dos seus restos mortais para Salvador (10 de dezembro 1979).
O filho e a neta do homenageado - a presidenta da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella - participaram do ato, relembrando a trajetória do político baiano, reforçando a importância de continuar a luta pela vida e pelos direitos.
“Em todos os cenários, Marighella é uma inspiração. No parlamento, nas ruas, nos movimentos, nas instituições, nas artes, na família. Ele estará presente em qualquer esquina que luta por justiça e na vida daqueles que marcham a favor da democracia”, afirmou Maria Marighella.
Participaram do ato o deputado estadual Hilton Coelho; o vereador de Salvador, Sílvio Humberto; o vereador eleito, professor Hamilton Assis; a ativista e membro da Comissão de Mortos e Desaparecidos da Ditadura Militar, Diva Santana; o presidente do Grupo Tortura Nunca Mais na Bahia (GTNM-BA), Joviniano Neto; além de amigos e representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Marighella
Líder político, escritor e ex-deputado federal, Carlos Marighella foi assassinado no dia 4 de novembro de 1969, por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), durante a ditadura militar. Nascido em Salvador, o líder político foi um dos fundadores da Ação Libertadora Nacional, grupo armado que enfrentou o regime militar entre os anos de 1964 e 1985.
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