Ortopedista especialista em coluna, Djalma Amorim Jr. explica como diagnosticar a condição, que pode ser confundida com outras doenças
Muitas pessoas sofrem com dores e coceira persistentes nas costas. O que elas não sabem é que esses incômodos podem ser provocados pela notalgia parestésica, uma condição causada por alterações nos nervos de sensibilidade da coluna cervical e torácica. Isso é o que explica o ortopedista especialista em coluna, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Djalma Amorim Jr.
“É um problema crônico que gera muito desconforto ao paciente. Ele é mais comum em pessoas que sofreram algum tipo de lesão na coluna vertebral ou apresentam condições congênitas relacionadas à coluna. Os sintomas se manifestam não apenas na coluna, mas também nas áreas próximas, como ombros, escápulas e costelas, causando desconforto e sensações de dor ou desconforto”, explica o médico.
Djalma também destaca que a coceira causada pela notalgia parestésica, geralmente, é acompanhada por sensações de queimadura ligeiras ou dormência. “São muitos incômodos que a condição provoca no dia a dia da pessoa. Devido a coceira, o hábito de coçar o corpo passa a ser frequente, o que provoca o espessamento da pele, que fica grossa e com manchas escuras”, ressalta Djalma.
O diagnóstico de notalgia parestésica é clínico e de exclusão, afirma o ortopedista. Segundo ele, é importante diferenciar o problema de outras condições com sintomas parecidos, como dermatite, psoríase ou neuropatia diabética. “A notalgia pode ser causada por uma série de doenças como hérnia de disco, herpes zóster ou até mesmo tensão muscular crônica, por isso, o processo de diagnóstico pode incluir a história clínica detalhada, a avaliação dos sintomas (sua duração, intensidade e fatores desencadeantes) e o exame físico. É preciso primeiro identificar a doença de origem para depois estabelecer o tratamento mais adequado”, diz o médico.
Tratamento
São vários os tratamentos que podem ser indicados para tratar a condição e suas causas subjacentes. Uma das abordagens, segundo Djalma, são os tratamentos tópicos, como cremes com capsaicina, anestésicos locais (como lidocaína) ou corticosteróides, que podem proporcionar alívio temporário do prurido.
Além disso, o médico pode indicar medicamentos sistêmicos e fisioterapia. “Anticonvulsivantes e antidepressivos tricíclicos podem ser eficazes no tratamento da condição. Programas de fisioterapia focados em alongamento, fortalecimento e correção postural também são essenciais para aliviar a compressão nervosa e a tensão muscular”, esclarece Djalma.
O ortopedista atende no Centro Médico Hospital Aliança, Itaigara Memorial, Clínica CICV e Hospital Português. Mais informações: www.drdjalmaamorim.com.br
Crédito da foto: Freepik
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