Evento, que reuniu acadêmicos nesta quinta-feira (24), na Unijorge, em Salvador, orientou e informou estudantes e professores sobre fraudes na Era Digital
Criação de perfis falsos em redes sociais, clonagens de Whatsapp, anúncios de venda de casas inexistentes, falsos consórcios e centrais de Atendimento, além de casos envolvendo pirâmides financeiras, criptomoedas e Bets (apostas virtuais). Esses são alguns dos inúmeros golpes que vêm sendo aplicados no ambiente comercial digital. O alerta foi dado na manhã desta quinta-feira (24), a estudantes de Direito e professores do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), Campus Paralela, em Salvador, pelo titular da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil da Bahia (Decon), delegado Thiago Costa.
As informações foram apresentadas na palestra “Prevenção na relação de consumo em face de golpes virtuais”, proferida pelo delegado, que é especialista em Segurança Pública. A atividade teve como objetivo conscientizar e orientar o público universitário sobre cuidados a serem adotados para evitar cair em fraudes digitais no âmbito do consumo. O evento foi organizado pela Diretoria de Ações Educativas do Procon (DAE/Procon), órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com a Unijorge.
“Já fizemos uma operação e prendemos muita gente. Vamos continuar fazendo, porque tem muitas pessoas que estão perdendo dinheiro nesse tipo de golpe. Essa situação causa estranheza, porque as pessoas são hipossuficientes realmente. São pessoas, geralmente pobres, que precisam desse dinheiro e a gente precisa ter essa sensibilidade social”, enfatizou.
O titular da Decon informou ainda, que os golpes virtuais envolvem relações de consumo, sendo prioridade da Delegacia proteger o consumidor. “Já temos mais de cinco inquéritos instaurados, que investigam e apuram a conduta dessas organizações criminosas. Fizemos algumas operações, temos mais de cinco pessoas presas e vamos continuar com novas fases, ao longo dos próximos meses. O meio digital não é terra de ninguém, e estamos aqui para atuar no combate à conduta dessas organizações criminosas, que costumam praticar estelionatos e crimes contra a economia popular”, sentenciou Costa.
A realização de ações educativas em ambiente escolar visa fortalecer a cidadania, prevenir abusos e promover a inclusão social. Na Unijorge, além do debate, o Procon, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), distribuiu materiais educativos com orientações para consumidoras/es.
A mesa diretora foi composta pelos diretores do Procon, Eduardo Pontes (DAE); Adriana Menezes (Atendimento e Orientação ao Consumidor); e Iratan Vilas Boas (de Fiscalização); além do diretor do curso de Direito da Unijorge, Luiz Carlos Monteiro; e dos coordenadores do Procon-Ba, José Antônio (DAE), e Fernanda Pimenta.
Combate ao crime
Para o estudante do 2º semestre de Direito, José Martins, 42, a palestra foi enriquecedora, sobretudo, porque trouxe para o público um entendimento sobre o trabalho que vem sendo realizado pela Delegacia do Consumidor para proteger a sociedade dessas fraudes. “Esses golpes vêm crescendo, cada vez mais, com o avanço da internet, mas os operadores de Segurança Pública, especializados nesta área, estão atentos a todo esse avanço e, o mais importante, trabalhando fortemente para combater a ação dos criminosos”, declarou Martins.
Iasmin Barreto, 17, que cursa o 2º semestre de Direito, disse que, em pouco tempo, conseguiu aprender bastante sobre situações que envolvem os golpes via internet. “Gostei bastante. Já tinha algumas noções, porque o meu tio é delegado e me informou sobre esses assuntos. Hoje, consegui aprimorar, ainda mais, esses conhecimentos. Foi uma palestra muito válida para os tempos atuais, tendo em vista que são muitos os golpes na praça. Agora, vou ficar ainda mais atenta na relação com as pessoas pela internet e Instagram”, enfatizou.
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