Agosto Dourado: leite materno exerce um papel protetor contra a obesidade em bebês
O leite materno mantido por seis meses ou mais diminui também o risco de diabetes tipo 2 e de leucemia infantil, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde
Incentivar o aleitamento materno não é apenas uma questão de saúde individual para a mãe e o bebê, mas também de saúde pública. Essa prática ajuda a minimizar o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Estudos comprovam, por exemplo, que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida traz muitos benefícios, entre eles a redução de 25% no risco de obesidade infantil - ajudando a combater indisposições causadas pelo sobrepeso.
De acordo com uma análise da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) publicada no Scientific Reports, crianças com predisposição genética à obesidade (gene FTO) e amamentadas por menos de um mês apresentaram 33% mais prevalência de obesidade, 2,5 kg/m² a mais no IMC e 5,6 cm a mais na circunferência da cintura.
A amamentação por mais tempo foi associada a maior massa magra e menor gordura visceral, sugerindo que ela modera significativamente o risco genético de obesidade. Crianças que nunca foram amamentadas apresentaram risco duas vezes maior de sobrepeso, comprovando que a ausência ou curta duração da amamentação, especialmente em populações com predisposição genética, aumenta o risco da doença.
Para a Dra. Cinthia Calsinski, consultora de amamentação da Saúde Digital do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia, o leite materno exerce um papel protetor contra a obesidade, enquanto a fórmula infantil pode aumentar o risco de desenvolvimento de excesso de peso. A especialista reforça que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade, e mantido até os dois anos. “Isso porque, conforme sugerido por estudos internacionais, a amamentação influencia a programação metabólica, regula o apetite e promove uma microbiota intestinal saudável.”
Além disso, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o leite materno mantido por seis meses ou mais diminui o risco de diabetes tipo 2 em 35%, reduz 19% no risco de leucemia infantil e em 60% o risco de síndrome de morte súbita infantil em comparação com aqueles que não são amamentados.
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