Sunset Guarini: evento compõe as boas-vindas aos ciclistas da elite MTB da Brasil Ride Bahia 2025
O Guarini Sunset é um tradicional encontro dos ciclistas que competiram e completaram três ou mais vezes a Ultramaratona / Crédito: Wladimir Togumi/ Brasil Ride
Passar pelo pórtico da Brasil Ride e garantir a jersey de finisher é um dos momentos mais impactantes da Ultramaratona. E nem sempre esse feito se concretiza. Seja pela dificuldade da prova ou por problemas técnicos, atravessar o pórtico na última etapa é o desejo de todos os competidores. Porém, conseguir finalizar 3 vezes ou mais, leva o competidor a outro patamar: ser um guarini.
E é preciso celebrar. A Brasil Ride entende esse sentimento como ninguém. Por isso, desde 2017 realiza o Guarini Sunset, tradicional encontro dos ciclistas que competiram e completaram três ou mais vezes a competição e que marcaram seu nome na história da principal stage race premium do mundo. Na Brasil Ride Bahia, essa celebração foi realizada no final da tarde deste sábado, dia 18, no Hotel Paraíso do Morro, em Arraial d'Ajuda.
Segundo a fundadora da Brasil Ride, Andrea Roma, Guarini em Tupi Guarini significa guerreiro. “E é exatamente o que esses atletas são. O Clube Guarini é composto desses atletas e a Sunset do Guarini é sempre um momento desse reencontro, dessa troca de experiência desses atletas que estão sempre retornando e fazendo parte desse clube. É realmente um momento de celebrar, de celebrar antes de começar a Brasil Ride. Se tornar um Guarini é uma coisa especial. Não só para os atletas, quanto para nós da organização”, comentou.
Pela primeira vez no Guarini Sunset, Saulo Luz, de Juazeiro do Norte (CE), ‘o cangaceiro da Brasil Ride’ entrou para o time dos seletos, sendo finisher duas vezes na Bahia e duas vezes no Espinhaço. Ele falou da alegria de ser um guarini. “É uma alegria muito grande e uma honra principalmente por eu ser o embaixador do Brasil Ride no Ceará. A Brasil Ride é uma prova em constante mudança, independente de ser no mesmo lugar, nunca vai ser igual. Esse ano é um ano de renovação e superação, já que desta vez, diferente do ano passado, vou participar 100% curado da lesão”, revelou o cearense, que, mesmo lesionado, garantiu a passagem pelo pórtico na última etapa.
Como Saulo, Meire Lilian também é guarini pela primeira vez. A atleta, que é atual campeã brasileira, bicampeã mundial e bicampeã panamericana de XCO, vem para a Ultramaratona em dupla feminina com Raphaela Pelaquim, estreante na competição. “A Brasil Ride é um evento que marca a vida de muitos atletas. É uma satisfação estar aqui novamente depois de duas Brasil Ride Bahia, duas Conceição do Mato Dentro e duas Maratona dos Descobrimentos. Somos guerreiros e hoje a Brasil Ride faz parte do meu calendário. Estou bem ansiosa pelos 78 km da etapa Princesa (terça-feira)”, revelou.
Reconhecimento
Dupla na Ultramaratona e na vida, Tatiana Furlan e Maninho Valdameri já são finishers há um bom tempo. A matogrossense chegou a sua nona competição e Maninho está na décima, com diferença apenas das ultramatratonas que disputou em 2014 e 2015, na Chapada Diamantina. “É um reconhecimento da persistência. A Brasil Ride se tornou a maior prova de maratona, é a maior prova do País. Este ano eu e a Tati não viríamos, mas com 30 dias da prova começaram a nos mandar mensagens e todo mundo postando que estava aqui. Aí, você já fica agoniado e quer voltar, porque a prova é legal e acaba encontrando um pessoal que só vemos uma vez por ano”, disse.
“A gente encontra os mesmos malucos de sempre, que gosta de maratona. Eu e Maninho fomos finisher na Bahia em 17, 18, 19, 21, 23, 24 e em mais duas provas no Espinhaço e a parceria é para a vida. Nosso namoro é assim, até a próxima maratona. A gente combina, vamos namorar daqui até a próxima”, completa.
Gustavo Astolphi é o guarini mais antigo da Brasil Ride. Só na Bahia ele foi finisher por 13 vezes. Ao todo, o atleta já participou de 16 edições, sendo três delas no Espinhaço. “Eu estou com a Brasil Ride desde 2010, na Chapada (Diamantina) e entendo que a Brasil Ride moldou tanto a minha pessoa, como a do mountain bike brasileiro. É muito gratificante estar aqui nesse bolinho de aniversário de 15 anos, nesse evento maravilhoso que trouxe gente de tudo que é lugar do mundo para conhecer nossas trilhas, e continua trazendo. A Ultramaratona consegue se renovar e se reinventar, mesmo diante de adversidades. É uma competição que tem seu espaço garantido no mundo e definitivamente se você nunca fez uma Brasil Ride eu te encorajo a treinar, se preparar, arranjar uma dupla que é bem mais legal e vir, porque vai mudar a sua percepção de mundo, de pessoas e do que é um evento de MTB, vale muito a pena. É ‘mais que uma prova, é uma etapa na sua vida’ mesmo, esse é o jargão mais verdadeiro que tem”, concluiu.

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