Autor do requerimento enviado à CPMI do INSS, deputado Rogério Correia (PT-MG) é adversário político de Romeu Zema (Novo)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS pautou para esta quinta-feira (4/12) a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e da quebra de sigilo financeiro e bancário da Zema Financeira, empresa ligada à família do político mineiro, segundo apurou a coluna.
Os dois requerimentos colocados em votação é do deputado federal Rogério Correa (PT-MG). No documento, o parlamentar justifica que a Zema Financeira oferece empréstimo consignado para segurados do INSS, com descontos diretos na folha de pagamento. Correa não aponta, contudo, qualquer evidência de fraude ou de descontos indevidos relacionado à empresa.
“A Zema Financeira também foi uma das instituições beneficiadas pela Medida Provisória nº 1.106, de 17.03.2022 do Governo Bolsonaro, posteriormente convertida na Lei nº 14.431, de 03.08.2022, que possibilitou a realização de consignações em benefícios do Programa Auxílio Brasil (PAB) para amortização de empréstimos. A Zema foi uma das poucas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a oferecer a linha de crédito que desconta a parcela direto do pagamento feito pelo governo para famílias vulneráveis em até 40% do valor do benefício”, diz trecho do requerimento.
A última reunião da CPMI do INSS em 2025, marcada para esta quinta-feira, promete ser agitada. Entrou na pauta do colegiado ainda a convocação do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro; da presidente do Palmeiras, Leila Pereira; e também do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.
A convocação do governador mineiro gerou embate entre petistas e oposição na reunião da CPMI do INSS na semana passada. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), autor do requerimento, e Marcel Van Hattem (Novo-RS) trocaram farpas. O político gaúcho chegou a dizer que seria favorável à aprovação do requerimento do petista, caso a base governista deixasse de blindar a convocação de Jorge Messias.
O AGU foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A oposição acusa Jorge Messias de omissão diante das denúncias da fraude do INSS.
Instalada em agosto deste ano, a CPMI do INSS encerra neste fim de ano a primeira fase dos trabalhos do colegiado, que mirou os descontos associativos. A próxima etapa promete destrinchar os consignados.
Dezenas de bancos e correspondentes bancários estão na mira do colegiado. Reportagem do Metrópoles revelou que os consignados dobraram nos últimos anos, chegando a R$ 466 bilhões, em meio ao aumento de queixas de aposentados por descontos indevidos.
Fonte Metropoles

0 comentários :
Postar um comentário