Intercâmbio musical promete encantar público durante II Encontro de Culturas Negras, no Pelourinho.
Hot 8 Brass Band, de New Orleans, desfilará seu tradicional cortejo com músicos da OFUN, em primeira aparição pública da Orquestra. O encontro da musica afroamericana e afrobrasileira celebra a cultura negra
Baianos e turistas que circulam pelo Pelourinho, acostumados aos sons dos tambores afro, ouvirão um novo ritmo no dia 23 de novembro.
É que a Hot 8 Brass Band, grupo de jazz com influência de ritmos afroamericanos, exibirá um cortejo do tipo “jazz funeral”, saindo às 16h da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), percorrendo as ruas do Pelô. O ponto alto acontecerá às 17h quando o grupo originário de New Orleans, nos Estados Unidos, se encontrará com os músicos da Orquestra da Funceb (OFUN), na Praça Pedro Arcanjo.
Esta será a primeira vez que a OFUN aparecerá em público. A orquestra, composta por cerca de 30 jovens e adultos, foi formada a partir do curso de Qualificação em Música do Centro de Formação em Artes da Funceb. Segundo Fabiana Marques, assessora de Formação do referido curso, a OFUN é inspirada na tradicional big band norte-americana “Será um ensaio aberto com ares de apresentação. A banda toca jazz e é composta por instrumentos como saxofones, trompetes, trombones, baixo, piano, guitarra ou violão, flautas, clarinetes, bateria e percussão”, explica Fabiana.
Para Letieres Leite, professor, arranjador e coordenador do curso, a ideia é que o grupo americano, que tocará em cortejo, chegue e “passe a música para a OFUN”, que já estará instalada na Praça Pedro Arcanjo. Ao longo do ensaio, a expectativa é de que aconteça uma espontânea experiência musical conjunta. “A OFUN convidará a Hot 8 Brass Band para que toquem a música deles, e nós iremos acompanhar. O bom desse encontro é a surpresa, guiada pela intuição e pelo coração”.
Ainda de acordo com Leite, o encontro de ritmos se viabiliza porque a ancestralidade da música afroamericana e afrobrasileira é a mesma: “O DNA de toda música produzida por negros se combina. Quebraremos o mito de que músicas de países diferentes não dialogam”. O intercâmbio musical promete encantar e surpreender o público nesta programação do II Encontro de Culturas Negras.
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